terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SS: Schindler e Stauffenberg

Oskar Schindler e Claus Philipp Schenk Graf Von Stauffenberg (ou simplesmente coronel Stauffenberg) foram, sem dúvida, os grandes expoentes anti-nazistas da história alemã.

Inicialmente, podemos dizer que Oskar Schindler não era assim tão altruísta. Ele era membro do Partido Nazista, e aproveitando-se da situação de guerra da qual a Alemanha vivia, ele montou uma fábrica de armas na cidade polonesa de Cracóvia. Os empregados de sua fábrica eram todos judeus, que trabalhavam o dia todo nela e voltavam à noite para o campo de concentração de Plaszow.

Em 1944, a direção de Plaszow recebeu ordens do alto comando para desativar o campo de concentração, em virtude do avanço das tropas russas. Os judeus residentes de Plaszow teriam que ser transferidos para outro campo de concentração, onde seriam mortos. Schindler alegou que a mão de obra dos judeus em sua fábrica era imprescindível, e subornou os administradores do campo de concentração para que não os enviassem para a morte. Então Schindler fez uma lista de nomes, a famosa LISTA DE SCHINDLER, e com isso ele salvou a vida de 1.200 judeus dentre homens, mulheres e crianças. Os judeus dessa lista foram mandados para sua nova fábrica, que ficava na cidade de Zwittau-Brinnlitz. Mas dessa vez, os judeus não foram a essa fábrica para trabalhar, e sim para viverem em um lugar seguro até o desfecho da guerra. A fábrica era somente uma fachada...

Ao fim da guerra, com a Alemanha já tomada pelos Aliados, Schindler escapou da prisão graças ao depoimento de vários judeus a quem ajudara. Por conta disso, ele foi agraciado com uma pensão vitalícia dada pelo governo de Israel, em agradecimento pelo que fez àquelas pessoas. Em 9 de outubro de 1974, veio a falecer, e seu corpo está enterrado no cemitério de Monte Sião, em Jerusalém, com honras de herói.

Stauffenberg foi um coronel alemão na 2ª Guerra Mundial. Ferido num ataque aéreo em 1943, ele perdeu 2 dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo. Esse foi o divisor de águas na vida do coronel Stauffenberg, que já não concordava com o rumo que a Alemanha de Hitler estava tomando, e decidiu entrar para um grupo secreto de rebeldes, formado por vários oficiais nazistas e outras pessoas. O objetivo desse grupo era claro: matar Hitler e toda a cúpula do alto comando nazista e render-se aos Aliados. Para isso, elaboraram a OPERAÇÃO VALQUÍRIA.

A Operação Valquíria foi uma medida criada por Hitler para conter inquietações internas, mas Stauffenberg, agora promovido a Oficial do Estado Maior, fez várias mudanças no texto da operação. Com a assinatura de Hitler, Stauffenberg fez com que a Operação Valquíria se tornasse um testamento, e caso o Fuher viesse a falecer, através dela seria decidido o rumo que a Alemanha tomaria. Estava tudo pronto para o golpe de estado...

A reunião da cúpula nazista na Toca do Lobo, em 20 de julho de 1944, foi o momento perfeito para o atentado. Stauffenberg levou consigo dois explosivos, mas conseguiu armar apenas um, e os deixou em uma bolsa, debaixo da mesa da reunião, ao lado de Hitler. Ele arrumou uma desculpa para deixar a sala de conferências, e logo ocorreu a explosão.

Imediatamente Stauffenberg e os demais conspiradores iniciaram a Operação Valquíria, espalhando por telefone a notícia da morte de Hitler. Duas horas depois, a notícia é desmentida, pois Hitler sobreviveu ao ataque, e Stauffenberg e os membros da resistência foram presos e mortos. Esse foi o 15° atentado realizado contra Hitler.

Dessas histórias surgiram os filmes A LISTA DE SCHINDLER e OPERAÇÃO VALQUÍRIA, que são verdadeiras lições de compaixão e de heroísmo. No decorrer dos tempos, as lendas de Oscar Schindler e do Coronel von Stauffenbeg ecoarão para sempre na história da humanidade.


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