terça-feira, 29 de julho de 2014

Uma briguinha de anões

As declarações do porta-voz do Ministério das Relações Públicas de Israel, Yigal Pamor, causaram grande polêmica e revolta no Itamaraty. Por conta do Brasil divulgar uma nota criticando o que chamou de “ataque desproporcional” de Israel à Palestina, a chancelaria israelense rebateu, dizendo que “isso é uma demonstração infeliz de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua um anão diplomático”. Também usou a derrota do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo para ilustrar um exemplo de desproporcionalidade.

Diplomaticamente falando, foi uma ofensa muito grave à soberania brasileira. Caberia uma resposta à altura por parte do Itamaraty, que apenas disse que o “somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz e ações pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles".

Podemos ser anões diplomáticos, politicamente irrelevantes, marionetes de imperialistas etc, mas o que é Israel senão outro anão? O que dizer de um país forjado conforme interesses da ONU, com comportamento similar ao de países extremistas, e que não faz outra coisa a não ser derramar sangue inocente nos últimos sessenta anos?

Assim como o Hamas, o governo de Israel também é terrorista! O genocídio que praticam em Gaza, matando homens, mulheres e crianças inocentes não dá o direito a eles de rotularem os árabes desta forma, pois terrorismo é o ato de praticar TERROR, e é isso que Israel faz, desde 1948, com a benção dos Estados Unidos. O “povo escolhido por Deus” é na verdade o “povo escolhido pelos E.U.A”.

Vale lembrar que, embora forçado pelos Estados Unidos, nosso governo ficou do lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, e lutou contra o regime nazista e o massacre dos judeus e de outras minorias. Muitos dos nossos soldados morreram por eles e pelo Brasil! Infelizmente, temos a vergonha de ter sido a residência de criminosos nazistas, como Joseph Mengele, mas temos o orgulho de ter sido a casa de diversos judeus que aqui se refugiaram, constituíram família e fizeram do Brasil o seu lar. Temos uma lei que proíbe a exibição de símbolos nazistas, por respeito aos judeus e outras pessoas que sofreram com as crueldades do regime racista de Hitler. Outra coisa de suma relevância é que Oswaldo Aranha, político brasileiro, foi quem presidiu a II Assembleia Geral da ONU, em Washington, para a criação do Estado de Israel. Tem uma rua que leva seu nome em Telaviv. A memória deles é bem curta...

Somos mesmo anões diplomáticos, e temos um dos sete anões da Branca de Neve no comando da seleção brasileira. Israel está mais para um pigmeu canibal, sedento por sangue, com uma grande ferocidade. Mas diplomaticamente falando, o tamanho deles é o mesmo do Brasil...