terça-feira, 13 de novembro de 2012

A árvore gene(sis)alógica

Quando comecei a gostar de rock, a primeira banda de quem fiquei fã foi do Genesis. Meu tio tinha um disco deles chamado “Invisible Touch”, que foi o mais vendido da história da banda. É um disco pop, com algumas músicas progressivas, baladas e que é muito agradável de se ouvir.

Indo a fundo na história do Genesis, vi que eles começaram como uma banda de rock progressivo. Músicas compridas, de intermináveis solos de teclado e guitarra, letras voltadas ao misticismo, um vocalistas teatral que se fantasiava de personagens das músicas etc... Simplesmente excepcional! Não dá pra falar do rock progressivo sem citar o Genesis. Quando mudaram o estilo, passando a fazer músicas pop/rock, fizeram um enorme sucesso, e marcaram definitivamente seu nome no cenário da música mundial.

O que quero dizer com “arvore gene(sis)alógica” é que eu vejo essa banda como uma árvore, que deram excelentes frutos para a música. Vejamos:

Peter Gabriel: Ele era o responsável pelo teatro promovido pela banda na era progressiva. Fantasiava-se, compunha músicas voltadas ao misticismo e tinha uma interpretação digna de atores de cinema. Além disso, tocava flauta, o que dava um toque ainda mais requintado nas músicas. Ao sair do Genesis, fez uma carreira solo de muito sucesso com hits como Sledgehammer, Mercy Street, Bikko e Don’t Give Up. O clipe da música “Sledgehammer” foi considerado o melhor de todos os tempos pela MTV. Peter Gabriel é também um ativista de causas sociais, envolvido em várias ONGs pelo mundo, principalmente na África.

Tony Banks: Tecladista ultra talentoso, além de exímio pianista. Se fizerem uma lista com os 5 melhores tecladistas de todos os tempos, com certeza ele estará presente. A sonoridade peculiar das canções do Genesis deve-se a ele.

Steve Hackett: Um grande guitarrista. Ele é o criador da técnica chamada “tapping”, que é usada por vários guitarristas, incluindo Eddie Van Halen, Steve Vai, Yngwie Malmsteen, dentre outros. Sua carreira solo tenta manter acesa a chama do Genesis progressivo, pois o repertório usado por ele inclui várias músicas dessa época.

Mike Rutherford: Baixista na formação original, mas também tocou guitarra após a saída de Hackett (revezava com Daryl Stuermer, o guitarrista contratado pelo Genesis). Criou uma banda homônima chamada Mike and the Mechanics, e emplacou sucesso mundial com a música “Over My Sholder”.

Phil Collins: Falar o quê desse cara? Mais 150.000.000 de discos vendidos no mundo, uma voz magnífica, baterista de altíssima qualidade, além de pianista, trompetista, tecladista, percussionista, guitarrista etc. Fez músicas marcantes, como Another Day in Paradise, Against All Odds, One More Night, You’ll Be In My Heart, dentre outras. Tem uma simpatia e carisma além do normal.

Genesis realmente foi uma banda única. Começou com 5 integrantes e terminou com 3, mas o sucesso só aumentou com o decorrer do tempo. Mudaram de estilo: de rock progressivo para pop/rock, e mesmo assim houve uma incrível aceitação por parte dos fãs (e rejeição de outros), além de ganharem novos fãs. Lotaram o extinto Wembley Stadium com 500.000 pessoas em 3 dias de show, na Invisible Touch Tour, de 1987.

Que as novas gerações busquem conhecer e admirar as músicas dessa incrível banda!

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