quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Polícia: Profissão Perigo

Ser policial nesse país não é fácil. Teoricamente, sua luta deveria ser apenas contra os bandidos, mas aqui no Brasil a luta também é contra um governo sem vontade e também contra uma sociedade que não reconhece e que desmerece seu trabalho.

O poder do crime organizado cresceu em proporções desmedidas pelo país. Bairros, favelas, comunidades etc., tomadas pelo poder paralelo, e esse poder não cresceu assim de ontem pra hoje, muito pelo contrário, é uma coisa de anos! Foram anos dessas quadrilhas praticando crimes como estelionato, latrocínio, tráfico de drogas, sequestro etc., e com o passar do tempo foram ficando cada vez mais fortes e tomando conta de bairros afastados das zonas urbanas, transformando esses locais em verdadeiras “terras sem lei”.

O que nosso ilustre governo fez para evitar isso? Se você responder “nada”, não deixa de estar certo. Mas acho que a resposta correta seria “muito pouco”. Foi um descaso muito grande com esse problema durante décadas de governos estaduais e federais. Como se explica o fato desses bandidos comandarem suas operações de dentro dos presídios? Será que teve em algum governo tucano, petista, militar, satanista (Collor de Mello era devoto do chifrudo) vontade política de reformular nosso defasado Código Penal? É óbvio que não...

Um Código Penal promovido na década de 40 merecia uma reformulação, não concordam? Era de uma prioridade maior até do que a Reforma Tributária ou a Previdenciária (outras lendas). E claro, também deveria ser feito no país um investimento maciço na EDUCAÇÃO! Essas “coisinhas” fariam o Brasil ser mais seguro.

E a sociedade? Quantas vezes ouvi frases célebres como “eu prefiro viver com traficante ao meu lado do que com polícia”, “os traficantes nos ajudam, dão cesta básica, pagam cursinho pro meu filho, não deixam a gente na mão” etc. Como eles são bonzinhos né? Aí o filhinho da madame desaparece, e advinha pra quem ela vai ligar? Pro traficante? Não, pra polícia...

“Pelo amor de Deus, meu filho desapareceu, vocês têm que encontrá-lo, o coitadinho é um bom menino, não faz mal pra ninguém blá blá blá...”

Esse apoio que os traficantes dão a essas pessoas tem um preço muito caro. Eles simplesmente pegam seus "queridos filhos" (menores, de preferência) e os colocam na linha de frente, com uma arma na mão. E claro, se eles pisarem na bola com os traficantes, já sabe...

E os usuários? Será que não passa pela cabecinha deles que, graças ao seu vício, são eles que sustentam o crime organizado? Na minha opinião, usuário também deveria ser CRIMINALIZADO, pois esse negócio de traficante ser criminoso e usuário ser inocente é hipocrisia!  Usuário é, indiretamente, um criminoso também, e me desculpem a sinceridade...

E os Direitos Humanos? Que piada! Nunca vi nenhum membro dessa instituição defender os familiares das vítimas dos bandidos. Defendem apenas a integridade do criminoso! O nome dessa organização deveria ser mudado para “Direitos de Manos”.

Contra tudo e contra todos, está nossa POLÍCIA! Pais de família, homens e mulheres de bem, sempre injustiçados e como sempre, mal remunerados (é claro que tem maus elementos nela, mas é minoria). Uma pessoa que quer seguir essa carreira tem que ser obstinada e determinada, pois a luta que travarão no seu dia a dia é digna de MacGyver.

Dentre tantas canções que difamam a polícia e fazem apologias ao crime, quero encerrar meu “desabafo” com um trecho de uma música de Tião Carreiro & Pardinho, ícones da música caipira, que tinham de sobra uma coisa que falta a muita gente: CONSCIÊNCIA.

"Policiais amigos meus,
pra vocês eu peço a Deus,
Muita sorte e segurança.”



2 comentários:

  1. Quem trabalha honestamente na polícia, na segurança pública sabe muito bem esse sentimento, imagina você quem tem que sustentar honestamente sua família fazendo isso, e ainda ser chamado de ladrão, corrupto, assassino mesmo sem ser, não é fácil.

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    1. Sim, meu amigo. É uma inversão total de valores... Que Deus ilumine muito cada policial honesto desse país, pois não é fácil...

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