Podemos definir o mês de novembro de 2013 como histórico! O
dia 14 de novembro pode ser o início de uma série de prisões de políticos
corruptos que iremos presenciar.
Um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil (não o
maior, como muitos defendem, pois tivemos muitos outros) teve seu desfecho: a
prisão dos “mensaleiros petistas”. Embora a sociedade estivesse temerosa com
relação ao final dessa história, o STF expediu o mandado de prisão das quarenta
pessoas envolvidas no caso.
O medo da impunidade ganhou força com a questão dos embargos
infringentes, que dará a parte dos réus um direito de revisão de penas,
podendo-as cumprir em regime semiaberto.
O que parte da sociedade não entendeu é que se tratava apenas de uma
revisão, e não de um novo julgamento, como muitos acharam. Os réus já haviam
sido condenados.
O regime semiaberto para alguns, como é o caso do “Dom Juan
petista”, José Dirceu, é uma pena branda. Afinal, desviar dinheiro público e
enfiar no bolso de deputados, para que estes votem a favor de projetos do
Executivo, deveria ser considerado crime hediondo! Apesar disso, devemos nos
sentir aliviados com a justiça que foi proferida...
Pouco antes de entrarem à sede da Polícia Federal, os dois
“zés” disseram que são “presos políticos”, como se estivessem lutando na década
de 60, pela reinstauração da democracia. Quanto cinismo, afinal, não é o PT
quem está no poder nos últimos 11 anos?
Existem, ainda, enormes escândalos de corrupção tão graves
como este, e que não tiveram as devidas punições, como o caso do “mensalão
tucano”, em Minas Gerais. Neste, o candidato à reeleição ao governo estadual na
época, Eduardo Azeredo, foi acusado de peculato e lavagem de dinheiro. No caso
do “mensalão petista”, o articulador foi Marcos Valério, e no caso de Minas
Gerais, o articulador também foi Marcos Valério. São ou não dejetos do mesmo esgoto?
A sociedade brasileira já está cansada das impunidades aos
corruptos. Embora a prisão dos mensaleiros seja um grão de areia na praia,
parece que mudanças significativas virão no futuro...
Que a Câmara dos Deputados não cometa com os deputados
condenados a mesma vergonha que cometeu ao não cassar o mandato de Natan
Donadon!
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