Ser americano, especificamente latino, é ter na alma, mesmo
em pequenas proporções, tendências revolucionárias. Parece uma coisa congênita:
a criança cresce, torna-se um adolescente rebelde; começa a se interessar por líderes
revolucionários, principalmente Che Guevara, comprando camisas e quadros dele;
torna-se um militante de esquerda; venera o socialismo e “demoniza” o
capitalismo, os Estados Unidos etc. Claro, há exceções (muitas, por sinal)...
Uma das principais características desses latino-americanos
é ter em Cuba o seu paraíso, um modelo a seguir, reverenciando Fidel Castro
como o eterno revolucionário, salvador de Cuba e da América! Quanta utopia, e
usando uma estrofe de uma música de Belchior, eu digo que “ao vivo é muito
diferente, quero dizer, ao vivo é muito pior”.
A história nos mostra os fracassos dos países
comunistas, pois seu regime de
“igualdade” para todos acaba sempre se tornando uma ditadura, onde a ganância
dos líderes comunistas sempre acaba se sobrepondo às necessidades do povo e da
nação, gerando muita desigualdade e pobreza descomunal. Isso sem mencionar
a censura à imprensa, a perseguição religiosa e política, opressão aos
opositores e tudo mais.
Aqui na América Latina, o mais emblemático líder de esquerda
dos ultimos anos foi Hugo Chavez, mas vale ressaltar que Cristina Kirchner, Evo
Morales, Rafael Correa e Lula são simpatizantes do comunismo. Uma coisa em
comum que vemos nesses líderes é a tentativa constante de calar a imprensa.
Apesar de Dilma (discípula de Lula), ter dito que
prefere o “barulho da imprensa ao silêncio da ditadura”, sabemos que muitos
petistas tentaram fazer com que a imprensa se calasse (através do Órgão
Regulador da Imprensa), mas não conseguiram por pressão da opinião pública e da
própria imprensa. Na Argentina, Cristina Kirchner fez uma coisa semelhante,
travando uma árdua batalha com o jornal El Clarín, e também tomou antigas
estatais que foram privatizadas, além de querer, novamente, fazer com que as
Ilhas Malvinas se tornassem território argentino (assunto para outro texto). Na
Venezuela, Hugo Chavez fez o mesmo e mais um pouco: golpe de estado fracassado,
promoveu a censura, alterou a constituição, entrou em atrito com líderes mundiais,
ficou por quase 20 anos no poder etc, e como consequência de sua política, uma
enorme crise assola a Venezuela, e agora, com sua morte, existe a probabilidade
de um caos político ser instaurado no país.
Outra coisa bastante comum nos discursos desses
“revolucionários” é de que a culpa de todo o mal existente no mundo é do
capitalismo. Sempre atribuem a ele os seus fracassos, usando, às vezes, teorias
conspiratórias para tentar justificar sua incompetência, dizendo que a imprensa difunde
mentiras para denegrir a imagem do governo, que os países ricos não querem a
prosperidade de países pobres etc. No dia da morte de Hugo Chavez, o vice
presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, disse que os Estados Unidos são
responsáveis pelo cancer do ex-presidente. Em breve alegarão que até
alienígenas estão fazendo um complô contra eles. Quanto marasmo intelectual...
Sí amigos, vivemos num continente revolucionário, de
“sonhadores” na verdade, pois é como dizem: o comunismo é esplendido no papel,
mas na prática não funciona. Com o tempo é que percebemos isso... Muita gente
vai falar da China, um país comunista, que com certeza irá se tornar a maior potência do mundo daqui alguns anos.
Não se esqueçam do trabalho escravo que existe lá, e que também a URSS era uma
grande potência, e mesmo assim sucumbiu...
É claro que os ideais comunistas foram distorcidos por seus
seguidores. Quando Karl Marx disse que a religião era o ópio do povo, ele não
mandou fechar igrejas, perseguir e matar religiosos, como Stalin e Lenin o fizeram.
Em suma, é possível que algum dia apareça um líder comunista com espírito de justiça e igualdade social que
todos esperam, mas uma coisa é certa: esse líder não existe na América Latina de
hoje...