Inicialmente, podemos dizer
que Oskar Schindler não era assim tão altruísta. Ele era membro do Partido
Nazista, e aproveitando-se da situação de guerra da qual a Alemanha vivia, ele
montou uma fábrica de armas na cidade polonesa de Cracóvia. Os empregados de
sua fábrica eram todos judeus, que trabalhavam o dia todo nela e voltavam à
noite para o campo de concentração de Plaszow.
Em 1944, a direção de
Plaszow recebeu ordens do alto comando para desativar o campo de concentração,
em virtude do avanço das tropas russas. Os judeus residentes de Plaszow teriam
que ser transferidos para outro campo de concentração, onde seriam mortos. Schindler
alegou que a mão de obra dos judeus em sua fábrica era imprescindível, e
subornou os administradores do campo de concentração para que não os enviassem
para a morte. Então Schindler fez uma lista de nomes, a famosa LISTA DE
SCHINDLER, e com isso ele salvou a vida de 1.200 judeus dentre homens, mulheres
e crianças. Os judeus dessa lista foram mandados para sua nova fábrica, que
ficava na cidade de Zwittau-Brinnlitz. Mas dessa vez, os judeus não foram a essa fábrica para trabalhar, e sim para viverem em um lugar seguro até o desfecho da guerra. A fábrica era somente uma fachada...
Ao fim da guerra, com a
Alemanha já tomada pelos Aliados, Schindler escapou da prisão graças ao depoimento de
vários judeus a quem ajudara. Por conta disso, ele foi agraciado com uma
pensão vitalícia dada pelo governo de Israel, em agradecimento pelo que fez
àquelas pessoas. Em 9 de outubro de 1974, veio a falecer, e seu corpo está
enterrado no cemitério de Monte Sião, em Jerusalém, com honras de herói.
Stauffenberg
foi um coronel alemão na 2ª Guerra Mundial. Ferido num ataque aéreo em 1943,
ele perdeu 2 dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo. Esse foi o
divisor de águas na vida do coronel Stauffenberg, que já não concordava com o
rumo que a Alemanha de Hitler estava tomando, e decidiu entrar para um grupo secreto de rebeldes, formado por vários oficiais nazistas e outras pessoas. O objetivo desse grupo
era claro: matar Hitler e toda a cúpula do alto comando nazista e render-se aos
Aliados. Para isso, elaboraram a OPERAÇÃO VALQUÍRIA.
A
Operação Valquíria foi uma medida criada por Hitler para conter inquietações
internas, mas Stauffenberg, agora promovido a Oficial do Estado Maior, fez várias mudanças no texto da operação. Com a assinatura de Hitler, Stauffenberg
fez com que a Operação Valquíria se tornasse um testamento, e caso o Fuher
viesse a falecer, através dela seria decidido o rumo que a Alemanha tomaria. Estava tudo
pronto para o golpe de estado...
A
reunião da cúpula nazista na Toca do Lobo, em 20 de julho de 1944, foi o
momento perfeito para o atentado. Stauffenberg levou consigo dois explosivos,
mas conseguiu armar apenas um, e os deixou em uma bolsa, debaixo da mesa da
reunião, ao lado de Hitler. Ele arrumou uma desculpa para deixar a sala de
conferências, e logo ocorreu a explosão.
Imediatamente
Stauffenberg e os demais conspiradores iniciaram a Operação Valquíria,
espalhando por telefone a notícia da morte de Hitler. Duas horas depois, a
notícia é desmentida, pois Hitler sobreviveu ao ataque, e Stauffenberg e os membros da resistência foram presos e
mortos. Esse foi o 15° atentado realizado contra Hitler.
Dessas
histórias surgiram os filmes A LISTA DE SCHINDLER e OPERAÇÃO VALQUÍRIA, que são verdadeiras lições de compaixão e de heroísmo. No decorrer dos tempos, as lendas de Oscar Schindler e do Coronel von Stauffenbeg ecoarão para sempre na
história da humanidade.